Vocês conhecem Virginie Boutaud? Acho difícil não conhecerem!
Enquanto na década de oitenta o mundo prestava atenção à Madonna e Cindy Lauper, a gente tinha nossa própria estrela pop, ditando moda e tendências por aqui, com o “beat acelerado” e à frente da banda Metrô.
Paulista, nascida em 1963, filha de franceses, Virginie dividia com Paula Toller o título de princesa do pop rock nacional na década de 80, só que com um astral totalmente diferente, pra cima, extravagante e divertido. Quando se fala em “New Wave” no Brasil, a primeira imagem que me vem à cabeça é a dela!
Hoje casada com um diplomata francês mãe de duas filhas, Virginie corre o mundo. Morou na Namíbia, França, Moçambique e agora mora no Uruguai.
Enquanto na década de oitenta o mundo prestava atenção à Madonna e Cindy Lauper, a gente tinha nossa própria estrela pop, ditando moda e tendências por aqui, com o “beat acelerado” e à frente da banda Metrô.
Paulista, nascida em 1963, filha de franceses, Virginie dividia com Paula Toller o título de princesa do pop rock nacional na década de 80, só que com um astral totalmente diferente, pra cima, extravagante e divertido. Quando se fala em “New Wave” no Brasil, a primeira imagem que me vem à cabeça é a dela!
Hoje casada com um diplomata francês mãe de duas filhas, Virginie corre o mundo. Morou na Namíbia, França, Moçambique e agora mora no Uruguai.
1983 – A Gota Suspensa
Antes de ser o Metrô, eles se chamavam A Gota Suspensa.
Chegaram fazendo um som nada convencional, utilizando sintetizadores e baterias eletrônicas, o que era uma grande novidade. A banda é meio que pioneira da musica eletrônica no Brasil
Os amigos Virginie (vocal), Alec (guitarra), Dany (bateria), Yann (teclado) e Marcel Zimberg (sax), todos de ascendência estrangeira, se conheceram no colégio.
“Não tínhamos motivos para ser do contra, entende? Estávamos a fim de fazer coisas que gostávamos sem nos importar com o que era moda ou não” – explica Virginie.
“Na verdade a gente não sabia em que gênero se encaixava, fazíamos um som que gostávamos de fazer. Tínhamos consciência que os sintetizadores e a bateria eletrônica eram novidades, mas eu e os meninos não tínhamos muita noção de que estávamos inovando. Estávamos apenas fazendo músicas de que gostávamos” – fala a vocalista.
“Nossa! Quando a gente começou a ouvir nossas músicas nas rádios e começamos e ser chamados para participar de programas de auditório, nem acreditamos! A gente não sabia a proporção que aquela brincadeira de colegas de colégio iria tomar.
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1983 – A Gota Suspensa
1985 – Metrô - Olhar
Após divergência com produtores, decidem trocar de nome e optam por “Metrô”, que vem de "Metropolitanos”. Em 1985 chega às lojas “Olhar”. Várias das canções viraram hits nas rádios, uma virou faixa tema de novela global, e outra foi tema do filme “Rock Estrela”, grande emblema da geração anos 80. O sucesso é enorme! Esse disco é ducaceta!! Um disco antológico, pérola da música brasileira e ícone da minha geração!
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1985 – Metrô - Olhar
No auge da banda, em 1986 o Metrô se separa de Virginie, interessados em buscar novos caminhos, renegando o estilo que os consagrou.
Heheh. Se ferraram!! Já vimos essa história antes!
“Eu não saí do grupo, foi o grupo que saiu comigo.“
“Eles resolveram fazer um estilo mais intelectual, com uma preocupação social como era o estilo de Cazuza e da Legião Urbana. Resolveram que eu não me enquadrava no que queriam, foi assim”.
“Poxa, me senti perdida, fiquei muito triste mesmo, afinal de contas eles eram meus amigos desde os tempos do colégio. Nós estávamos juntos 24 horas por dia, ou fazendo shows ou fazendo algo fora do grupo. Foi muito difícil, nossa relação ficou abalada por tempos”.
Em 1987, sem Virginie, o Metrô lançou o LP “Mão de Mao”. Uma merda! Tão ruim que nem vou postar aqui. Além do mais o post é sobre a Virginie e não sobre o Metrô.
Repetindo: Os caras se ferraram!!! E o pior é que já tinham tido alguns anos antes o exemplo da Rita Lee e os Mutantes, né! Repetir erro é burrice!
1988 – Fruto Proibido – Crime Perfeito
Já a Virginie continuou a vida, conhecendo gente como Arrigo Barnabé, Itamar Assunção, Eliete Negreiros, Vania Bastos, etc. Muitas novas influências e parcerias com Inimigos do Rei, Jairzinho & Simony (ao lado de Gal e Tim Maia), Supla, João Penca e seus Miquinhos Amestrados, Kid Vinil etc
Em 1988, após passar um tempo estudando piano, canto e escrevendo, Virginie voltou com uma nova banda, Fruto Proibido e um novo LP, Crime Perfeito. É um disco legalzinho, nada de mais. Teve uma música incluída em uma novela da TV Globo.
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1988 – Fruto Proibido – Crime Perfeito
“Senti muita falta da música, dos shows, de tudo aquilo da época. Se a fama sobe pra cabeça? Nossa! Claro! Fazíamos shows de segunda a segunda e largar tudo isso e ter uma vida comum não foi fácil. Aos poucos fui achando alternativas de matar a saudade, pegava um violãozinho e cantava sozinha em casa. Meu marido e minhas filhas me ouviam e já eram um grande público pra mim” – confessa a cantora.
2002 – Metrô – Deja Vu
Em 2002, a formação original do Metrô se reuniu para gravar composições que eles foram acumulando ao longo dos anos que os separaram.
“Eu trouxe meu caderninho com anotações de músicas que gosto de ouvir e mostrei aos meninos, eles prepararam beats e as bases e eu fui colocando minha voz aos poucos. Na verdade só cheguei a ver o trabalho concluído depois, o Dany fez maravilhas na produção, o resultado final ficou muito além do que eu esperava”.
“A gente recebeu várias propostas, poderíamos ter voltado há pelo menos uns dez anos, mas o que as grandes gravadoras queriam era algo do gênero do Capital Inicial que voltou com o acústico da MTV. Nós não queríamos isso, e do jeito que queríamos nenhuma gravadora se propôs a dar apoio e fechar contrato. Caramba, somos quarentões, crescemos, nos casamos, tivemos filhos, aprendemos! Não poderíamos jamais ficar parados nos anos 80. O tempo passou, tínhamos muita coisa nova para mostrar. Mesmo que “Beat Acelerado”, “Sândalo de Dândi” e “Johnny Love” estejam em “Déjà-vu” a gente mostrou uma nova maneira de fazer as mesmas músicas, as deixamos com uma cara mais atual, além de ter coisas lindas de Herbert Vianna, Jorge Ben, Caetano, Ary Barroso e muitas outras coisas”. – fala Virginie.
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2002 – Metrô – Deja Vu
*Nota: Os trechos em vermelho são de uma entrevista que Virginie deu ao site www.trash80.com.br
6 comentários:
Que bacana tudo isso aqui!!! Mais uma boa opção virtual para consultas sobre músicas de qualidade. O que infelizmente anda raro. Sucesso pra vc!
Ah! Que bom que vc visita o meu blog. Pela falta de tempo, ele anda um pouco paradinho, mas nunca deixou de ser um pedacinho de mim...
Parabéns pelo site!
Gostei muito das informações, de uma época que fui em muitos shows deles.
Abraços.
Décio Jr.
Opa, achei este blog por acaso e gostei. Sou 13 anos mais velho que a Virginie, mas sou fã dela desde o tempo do "Metrô", que aliás vem de Metropolitanos e não da tal companhia de transporte. É uma pena que ela e o pessoal do não tenha continuado a carreira.
Eles, a Gang 90, a Blitz e outras, eram um grande barato musical.
Parabéns e um abraço.
Caro Cristiano bom dia.
Maravilha de blog e melhor ainda achar Virginie que ainda conservo o compacto e Lp do Metrô bem cuidados e Virginie e Fruto Proibido tb...a novidade foi a Gota Suspensa que nem sabia da existência e o Déjà Vu que soube quando saiu e não consegui comprar...saiu de catálogo..e baixei então o que tinha disponível aqui..mas o Fruto e Déjà estão sem condições, poderia repostar por favor? Grato, Artur - Produtor Editorial.
A Virginie era mesmo a loira do Platinum Plus? Tenho certeza disso mas não vi na net nenhuma referência comprovando o fato.
A Virginie morou na Rua Berta em frente ao Museu Lasar Segal, ela estudava no Liceu Pasteur da Rua Vergueiro na parte da manhã. Eu tenho 2 fotos dela neste colégio ela devia ter entre 14 e 15 anos.Tipo assim no Metrô ela era linda mas na adolescencia ela era sureal!!!!!!!!!
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